SEDIMENTAÇÃO, ATIVIDADE PROTEOLÍTICA E PROTEÓLISE DE LEITE UHT INTEGRAL DURANTE O ARMAZENAMENTO
Resumo
A desestabilização do leite UHT durante a estocagem pode ser atribuída, entre outros fatores, à ação de proteases endógenas e, ou bacterianas e constitui um dos principais entraves na cadeia produtiva desse produto. Objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica do leite cru refrigerado e seu efeito sobre a formação de sedimentos, grau de proteólise e atividade proteolítica de leite UHT integral durante o período de armazenamento. As médias das contagens de bactérias mesófilas, psicrotróficas, psicrotróficas proteolíticas e Pseudomonas spp. das amostras do leite cru refrigerado foram, respectivamente, de 5,5 x 106 UFC/mL, 3,0 x 106 UFC/mL, 8,0 x 105 UFC/mL e 1,1 x 106 UFC/mL. O tratamento UHT reduziu 93,2% da atividade proteolítica em relação ao leite cru. Ao longo do período de estocagem do leite UHT integral ocorreu o aumento da massa de sedimentos, do grau de proteólise e da atividade proteolítica. Todas as amostras de leite UHT apresentaram baixa contagem de mesófilos e permaneceram termicamente estáveis e sem sinais de gelificação. Considerando a atividade residual de proteases no leite UHT e a sua relação com a formação de sedimentos, atividade proteolítica e proteólise, o emprego de leite com baixas contagens de bactérias psicrotróficas e de bactérias psicrotróficas proteolíticas deve ser considerado para fins de prevenção de defeitos tecnológicos como sedimentação e gelificação, os quais reduzem, consideravelmente, a aceitação do produto pelo consumidor além de ocasionarem prejuízos à indústria.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.14295/2238-6416.v71i4.484
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