Qualidade microbiológica de queijos Minas frescal não inspecionados comercializados em feiras livres na região de Bauru, São Paulo
Resumo
O queijo Minas Frescal tem alta umidade e pH próximo da neutralidade, o que favorece a proliferação microbiana. É um hábito comum as pessoas adquirirem esse tipo de queijo em feiras livres, onde são vendidos sem nenhum tipo de selo de qualidade que garanta a inocuidade do produto. Salmonella spp., Staphylococcus aureus coagulase positiva e coliformes são alguns exemplos de patógenos que podem ser encontrados nesses queijos quando há manipulação excessiva, utilização de leite in natura e falhas de boas práticas de fabricação. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a qualidade microbiológica de queijos Minas Frescal sem inspeção sanitária, comercializados em feiras livres na região de Bauru, São Paulo, por meio da pesquisa de Salmonella spp., Staphylococcus aureus coagulase positiva e coliformes totais e termotolerantes, comparando os resultados obtidos com a legislação vigente. Amostras de trinta queijos tipo Minas Frescal foram avaliadas. As análises microbiológicas foram feitas conforme a literatura, no Laboratório de Análises Clínicas da Universidade Paulista (UNIP), Campus Bauru. Todas as amostras analisadas apresentaram ausência total de Salmonella spp. e de Staphylococcus aureus coagulase positiva. Porém, 26 das 30 amostras estavam em desacordo com a legislação vigente quanto ao número máximo permitido (NMP/g) de coliformes totais, sendo, também, detectada a presença de Escherichia coli em 36% das amostras. Os resultados mostraram que os queijos comercializados em feiras livres da região de Bauru – SP apresentam baixas condições higiênico-sanitárias e podem significar um potencial risco à saúde dos consumidores.
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PDFDOI: https://doi.org/10.14295/2238-6416.v78i3.945
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